"Hoje dia 10 de Janeiro pelas 23.30 na 2: o Clube de Imprensa irá analisar o futuro da imprensa de referência.
Trata-se de uma análise que pretende focar o debate em torno da imprensa numa perspectiva mais vasta do que Portugal e discutir o futuro próximo. Este editorial é, assim, um convite a ligar a televisão (e se já estiver ligada no AXN ou num canal generalista que não a 2: a mudar para ela) e assistir aos 52 minutos de programa, mas é ao mesmo tempo também um complemento à conversa aí mantida com Teresa de Sousa, Nuno Luz (Metro), José Manuel Fernandes (O Público) e Tiago Cortez (OJE).
No dia 26 de Agosto de 2006 o The Economist publicava uma atraente capa (quer no grafismo quer no tema) intitulada " Who Killed The Newspaper?". A partir daí, algo que as estatísticas da WAN (World Association of Newspapers) vinham demonstrando para toda a Europa (com excepção de Espanha, Portugal e Irlanda), tornou-se público: entre 1995 e 2005 todos os jornais pagos perderam em média 13% da circulação. A estratégia dos jornais para lidar com uma crise que haviam pressentido, já a partir do final dos anos 90, tem sido muito diversificada. Piet Bakker, da University of Amsterdam, sugere que, se agregarmos todas as diferentes experiências encetadas pelos jornais ao longo dos últimos 11 anos, podemos criar uma matriz em que a distribuição pode ser física (papel) ou digital, em que encontramos a adaptação dos produtos e serviços já dados pelos jornais ou o desenvolvimento de novos serviços e em que as inovações ocorrem em diferentes níveis. Ou seja, a inovação pode partir de um conteúdo ou produto existente que se expande para uma melhoria de conteúdo, de design, de modelos de distribuição, de relação com o leitor, de website ou, ainda para spin offs e novos títulos. Mas a inovação pode também querer dizer sinergias com serviços e produtos de terceiros, criando novas combinações de conteúdos e produtos."
Gustavo Cardoso
Presidente OberCom
Editorial da newsletter nº 12 do Obercom, Janeiro de 2007
quarta-feira, janeiro 10, 2007
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