quinta-feira, fevereiro 23, 2006

(Lisboa) Ciclo de cinema - EM TORNO DA PSICANÁLISE

INSTITUTO FRANCO-PORTUGUÊS
6, 7 e 13 de MARÇO 2006
19h00

O Instituto Franco-Português tinha programado para o mês de Março dois dias de Debate dedicados à Psicanálise e um mini-ciclo de cinema em torno do mesmo tema. Por razões alheias à vontade do IFP, o Debate é adiado para o mês de Maio. Mas, o mini-ciclo mantém-se com a apresentação de um filme inédito em Portugal. Um filme realizado por Benoît Jacquot para a France Télévision que vai ser apresentado em duas sessões dias 6 e 7 de Março às 19h00: PRINCESSE MARIE, com Catherine Deneuve no papel de Marie Bonaparte e Heinz Bennent no de Freud. Este filme foi premiado com o Grande Prémio para o Melhor Argumento de Televisão 2003, no FIPA (Biarritz). A completar o ciclo, o Instituto Franco-Português projectará a 13 de Março, também às 19h00, o filme Spellbound de Alfred Hitchcock.

6 e 7 de Março, 19h00
PRINCESSE MARIE

Realizador : Benoît Jacquot
Actores : Catherine Deneuve Heinz Bennent, Anne Bennent, Isild Le Besco, Elisabeth Orth, Gertraud Jesserer, Christoph Moosbrugger, Dominique Reymond, Didier Flamand, Edith Perret, Christian Vadim
Argumento : Louis Gardel, François-Olivier Rousseau
Fotografia : Caroline ChampetierBiografia,
Comédia dramática, 3h 10min, 2004

Grand prix du Meilleur Scénario de Télévision 2003 (FIPA de Biarritz)

Magnífico retrato de mulher, Marie Bonaparte evoca o encontro único entre duas figuras com destinos fora do comum:a descendente de Napoleãoe o pai da Psicanálise.

Mulher livre, apesar do peso do seu nome (sobrinha-neta de Napoleão) e do seu título (Princesa da Grécia, pelo casamento), Marie Bonaparte (1882-1962) foi discípula de Freud e uma advogada apaixonada da causa da Psicanálise. Foi ela a introdutora e a tradutora das obras de Freud em França e quem impôs o seu amante Rodolphe Loewwnstein (o psicanalista de Lacan) na direcção da Sociedade de Psicanálise de Paris. Filme apresentado na televisão francesa com um sucesso notável.

Paris, 1925. A Princesa Marie Bonaparte, esposa do Príncipe Georges de Grèce, não é uma mulher feliz, apesar dos seus títulos e fortuna considerável. Ela consulta em Viena o eminente Professor Freud e, em apenas alguns meses, consegue libertar-se progressivamente das suas nevroses.A Princesa fica com uma tal admiração por Freud que se propõe traduzir as suas obras em França e acaba ela também por exercer enquanto psicanalista.

13 de MARÇO, 19h00
Spellbound (1945) de Alfred Hitchcock

Argumento de Ben Hecht baseado no romance de Francis Beeding. Música : Miklos Rozsa. Sequência do sonho : cenário de Salvador Dali filmado por William Cameron Mandiez
Thriller, E.U.A.,1945, 110mn,
Ilustrando o debate sobre a Psicanálise, um caso de crime cuja solução é esboçada por ela (versão Hitchcock e Salvador Dali). A realização das cenas referentes aos sonhos de John Ballantine (Gregory Peck) tiveram a orientação de Salvador Dali.

Constance Petersen (Ingrid Bergman) é médica num hospital psiquiátrico cujo director, o Dr. Murchison (Leo G. Caroll) está prestes a ir para a reforma. O seu sucessor é o jovem e brilhante psiquiatra, Dr. Edwardes (Gregory Peck) que é aguardado por toda a equipa. Quando este chega, Constance apaixona-se de imediato por ele, mas rapidamente os colegas e ela própria se apercebem do comportamento estranho do novo director... O filme está impregnado de um ambiente freudiano. O mistério que envolve a personagem de Gregory Peck deixa o espectador suspenso de cada uma das suas atitudes. Quem é o Dr. Edwardes? É um assassino? É inocente? Qual o seu alibi?As cenas dos sonhos foram desenhadas por Salvador Dali e realizadas sob a sua orientação. Com a escolha de Dali, Hitchcock quis romper com o tratamento então dado aos sonhos no cinema.

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