sexta-feira, março 17, 2006

(Lisboa) Universidade Autónoma de Lisboa

A conferência com Luis Marinho, director de Informação da RTP, foi adiada por motivos de agenda do conferencista. Esta conferência foi realizada dia 22 de Março mas só soube depois do acontecimento.

Uma conferência com Francisco Pinto Balsemão, na mesma instituição, também foi adiada e não há ainda uma nova data.

No dia 14 de Março, realizou-se na UAL, uma conferência com Teresa Conceição, jornalista da Sic, tendo por tema "As noticias de fim de jornal".
Teresa já tem bastante experiência de televisão. Entrou na Sic "antes da Sic começar" e, ao longo destes 14 anos já fez de quase tudo. Geralmente viaja e acompanha eventos como o Dakar ou os festivais do sudoeste mas também faz "noticias de hospital". Há muitos anos, foi raptada no Irão, na fronteira com o Afeganistão "fui das primiras" - confidencia.

Teresa Conceição lança um alerta aos alunos "é preciso trabalharem muito e serem vocês próprios a propor muitas coisas. Para isso é preciso ler. Isso dá desenvoltura moral e ajuda a escrever."

Teresa não acredita muito na sorte, "a sorte faz-se de trabalho" - refere.

Quanto às peças jornalisticas, "é preciso surpreender".
Deixa umas pequena regras "a peça deve começar por um pormenor qualquer que deve ser inesperado." Não se deve dar o geral "pois isso é o que o pivot diz" e o que a reportagem desenvolve. Há que dar primeiro a parte e só depois o todo, diz a jornalista.
"É preciso pensar em como é que vou contar esta história". É a pergunta que o jornalista deve fazer a si próprio.
"O texto é a vossa essencial preocupação", texto este que tem de estar de acordo com as imagens, muitas vezes são estas a "exigir" um certo rumo para a reportagem.

Quanto ao directo, a jornalista avança "pode-nos acontecer de tudo. Só não acontece a quem não está lá a fazer".

Teresa Conceição deixou o alerta em relação à boa forma fisica que o jornalista deve ter para conseguir fazer trabalhos como o Dakar. "Exigem muito do jornalista, fisica e mentalmente". "Num lugar feito para homens, é ainda mais dificil quando se é mulher" - referindo-se às precárias e, por vezes, inexistentes condições de higiene em locais como este "sem arbustros nem nada num deserto a perder de vista. Também não se consegue dormir pois o frio é muito". São vários dias muitos cansativos, a aventura de mãos dadas com o esforço fisico e intelectual, aliada ainda ao pouco tempo que têm para montar a "peça".

Para os alunos da Lusófona, referindo-se ao canal interno de Tv existente nesta instituição, aconselha "aproveitem porque nenhuma universidade tem isto".

Uma conversa muito interessante, onde se aprendeu muito e se ficou com curiosidade para muito mais.

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